Por: Silmara Silva [ONIJÁ]
Sou poesia, sou rap
Sou auto estima, sou dreads
Sou cachos, sou Black
Não me encaixo em suas teses
Não estou preso, sou samba
Eu sou crespo, sou trança
Seja nagô, seja jamaicana
Veja o teor da raiz africana
Sou eu mesma, sou reggae
Vou de cabeça, renegue
Os ferros que ferram e ferem
Seus belos se armam, se erguem
Não recuo, sou jazz
Destruo o porão e o convés
Sou pantera, sou Angela Davis
Eu sou ela, sou eu, sou vocês
Sou encanto, sou blues
Eu sou canto que flui
Vem qualquer chapinha que esquenta
Vou mulher, menina, sou quem arrebenta
Fios soltos, fio livres
Dos engodos, dos alises
Antes queimados pela química
Avante couros coroados pela linda
carapinha
Suja propaganda não engulo
Sua bugiganga eu não uso
Digo, repito, registro no papel
Eu não preciso de Cadiveu
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